24.08.2010 - 14:59 Por Teresa Firmino (Público)
Tem sete planetas em órbita, um é rochoso e pouco maior do que a Terra e está a 127 anos-luz de distância. É o sistema solar mais parecido com o nosso descoberto até agora, anunciou hoje uma equipa internacional de caçadores de planetas extra-solares — de que os portugueses Alexandre Correia, da Universidade de Aveiro, e Nuno Santos, do Centro de Astrofísica da Universidade do Porto, fazem parte.
“Só tem menos um planeta do que o nosso sistema solar. Desde 2006, Plutão é um planeta-anão, como o asteróide Ceres”, sublinha Alexandre Correia, que com este anúncio recebeu uma prenda de aniversário antecipada. Amanhã faz 35 anos.
Para cinco dos planetas, gasosos como Neptuno, os cientistas têm provas fortes da sua existência, segundo os resultados apresentados numa conferência em França, no Observatório de Haute-Provence. Para os restantes dois, há indícios: um será semelhante a Saturno, o outro será o mais pequeno detectado até ao momento. A confirmar-se o tamanho, tem apenas 1,4 vezes a massa da Terra.
Ao longo de seis anos, os cientistas acompanharam uma estrela, conhecida por HD 10180, na constelação da Hidra, com observações num telescópio do Observatório Europeu do Sul (ESO) em La Silla, no Chile. Na equipa estão dois grandes caçadores de planetas, Michel Mayor e Didier Queloz, do Observatório de Genebra, na Suíça, que descobriram o primeiro planeta extra-solar em 1995 e causaram furor mundial. Nuno Santos, de 36 anos, há muito que colabora com a equipa da Suíça.
Desde 1995 já foram detectados mais de 500 planetas. Conhecem-se 15 sistemas solares com pelo menos três planetas. O recorde anterior era um sistema solar com cinco planetas.
Um aparelho de grande precisão instalado no telescópio foi registando movimentos minúsculos da estrela HD 10180, ora para a frente, ora para trás, que a atracção gravitacional de planetas em seu redor causaria. Foi dessa forma que se obtiveram sinais fortes da presença de cinco planetas, com 13 e 25 vezes a massa da Terra, e que demoram entre seis e 600 dias terrestres a completar uma órbita à estrela.
Rochoso mas sem vida
No caso dos dois planetas de que há indícios, o que é idêntico a Saturno atinge 65 vezes a massa da Terra e está mais afastado da estrela: é preciso que passem 2200 dias para completar uma volta. Em contrapartida, o que é pouco maior do que o nosso planeta situa-se tão perto da estrela que o faz apenas em pouco mais de 28 horas. Um ano lá é pouco mais do que um dia na Terra.
“Está mesmo em cima da estrela, está mais perto do que Mercúrio do Sol. Não pode ter vida, isso está completamente fora de questão”, diz Alexande Correia.
E é sólido? “Para ser deste tamanho, tem de ser rochoso.” Segundo os modelos sobre a formação de planetas, até cinco massas da Terra considera-se que é rochoso. “A partir daí, passa a ser gasoso. Tem gravidade suficiente para ter uma atmosfera tão grande como Júpiter ou Saturno”, responde o astrofísico.
Outro aspecto interessante é o da distribuição dos sete planetas pelo sistema solar, obedecendo a uma lei semelhante à que se encontra no nosso sistema solar (a lei de Titius-Bode): cada planeta está quase ao dobro da distância do anterior, explica um comunicado da Universidade de Aveiro.
“Esta descoberta extraordinária também enfatiza o facto de estarmos a entrar numa nova era da investigação de exoplanetas: o estudo
de sistemas planetários complexos e não apenas de planetas individuais”, comenta Christophe Lovis,
do Observatório de Genebra, que é o primeiro autor do artigo científico sobre a descoberta, a publicar na revista "Astronomy and Astrophysics".
“Os estudos dos movimentos planetários no novo sistema revelam interacções gravitacionais complexas entre os planetas e dão informações sobre a evolução do sistema a longo prazo”, refere Lovis, citado numa nota do ESO.
Pode ainda não ter sido desta vez que se encontrou uma cópia perfeita do nosso sistema solar, incluindo um planeta rochoso a uma distância da estrela que permita a vida. Mas esse momento parece aproximar-se.
Notícia actualizada às 19h52
O (1999 RQ36) é um asteróide potencialmente perigoso para o nosso planeta, pois tem a probabilidade de um em mil de colidir com o planeta Terra, sendo que mais de metade dessa probabilidade aponta para o ano 2182, revela um estudo.
Os cientistas envolvidos fizeram cálculos através da trajectória do asteróide, monitorizando os possíveis impactos com o nosso planeta até ao ano de 2200, através de modelos matemáticos. Estes cálculos apontam uma probabilidade de mais de 50% para que o impacto aconteça em 2182.
Este asteróide faz parte de um grupo considerado potencialmente perigoso para a Terra, pela proximidade da sua orbita. Neste caso o 1999 RQ36 tem 560 metros de diâmetro e viaja a velocidades supersónicas.
O efeito de Yarkovsky
Por princípio o asteróide não deveria colidir com a Terra, de acordo com a sua órbita, no entanto existe uma “incertidão orbital”, o efeito de Yarkovsky - uma perturbação que modifica ligeiramente as órbitas dos objectos de pequenas dimensões na escala do Sistema Solar - a radiação absorvida por estes é emitida de uma maneira desigual devido à sua superfície irregular, provocando ligeiros desvios nas suas rotas.
Na investigação publicada na revista Icarus, da Sociedade Americana de Astronomia, faz-se uma previsão do que pode acontecer nos próximos anos tendo em conta o efeito Yarkovsky.
De acordo com os autores do estudo as tentativas de desvio da rota do objecto devem ser efectuadas, preferencialmente, antes de 2060. Em 2080 haverá uma aproximação que também poderá ser aproveitada para efectuar um desvio. Depois, só em 2162 haverá outra oportunidade, no entanto já é arriscado pois está perto de 2182, ano em que existe mas de 50% da probabilidade de colisão.
Publicado em 28 de Julho de 2010, no jornal i
A ideia é cobrir as estradas com um este tipo de cimento que absorve os óxidos de azoto libertados pelos escapes dos automóveis, reduzindo a formação de ácido nítrico que constitui as chuvas ácidas e a formação de ozono, um poluente atmosférico causador de problemas respiratórios.
Numa altura em que se vivem dias de muito calor em que se podem registar, em zonas urbanas com intenso tráfego, níveis de ozono atmosférico que superam os limiares de segurança e põem em risco saúde pública, cientistas holandeses dão a conhecer uma inovação que pode ser útil para evitar este tipo de situações.
Os investigadores da Eindhoven University of Technology criaram um tipo de revestimento de cimento que actua como purificador do ar ao absorver os óxidos de azoto– precursores do Ozono - libertados pelos tubos de escape dos automóveis, e transformando-os em nitratos que podem ser facilmente removidos por acção da chuva.
Este tipo de cimento contém dióxido de titânio e ao absorver os óxidos de azoto evita também a formação de ácido nítrico, um constituinte das chuvas ácidas.
O material já tinha sido testado em laboratório com bons resultados, mas recentemente fez-se uma experiência no exterior, cobrindo 1000m2 com pavimento comum e outros 1000m2 com este pavimento especial.
Os resultados são reveladores – a concentração de NOx nas áreas revestidas com este tipo de cimento especial foi 25 a 45% inferior à da área coberta com o revestimento normalmente utilizado.
Os cientistas sugerem assim que se utilize este tipo de revestimento nas estradas, o que implicaria uma subida de apenas de 10% no custo de construção das infraestruturas. Mesmo nos casos em que o asfalto é o material mais adequado é sugerido que se misture os dois revestimentos.
Fonte: www.gizmag.com
O satélite Planck, concebido para ajudar a entender melhor o início e o destino do Universo, enviou a primeira imagem da abóbada celeste, um verdadeiro tesouro de dados para os astrónomos, anunciou nesta segunda-feira a Agência Espacial Europeia (ESA).
"A primeira imagem do céu completo obtida pelo Planck constitui um extraordinário tesouro, repleto de dados inéditos para os astrónomos", explica a agência em comunicado.
Planck registra a radiação cósmica de fundo em microondas (CRMB, da sigla em inglês), a luz mais antiga do cosmo, em torno de 380.000 anos depois do Big Bang, que deu origem a nosso Universo. Esta radiação "fóssil" estende-se por todo o céu e constitui-se, de acordo com os cientistas, no "rastro indelével que o Universo deixou da sua juventude".
O mapa das flutuações dessa radiação deverá avançar o conhecimento sobre a geometria do Universo, o ritmo da sua expansão e o futuro previsível.
"Abrimos a porta através da qual os cientistas poderão buscar os elos perdidos que permitirão compreender como se formou o Universo e como evoluiu desde então", explica no comunicado David Southwood, director de Ciência e Exploração Robótica da ESA, afirmando que a qualidade da imagem é "altíssima".
Colocado em órbita em Maio de 2009, o Planck, localizado a 1,5 milhões de quilómetros da Terra, continuará a obter dados até ao início de 2012.
SAPO/AFP
Esta semana traiçoeira trouxe de volta o frio e a chuva. A agradável caminhada em mangas de camisa terá de esperar. Por entre as nuvens, alguns conseguirão espreitar a Lua, quase cheia, que preenche com a sua luminosidade os nossos céus. Para os amantes da astronomia isso significa piores noites de observação, pois a Lua, com o seu brilho, impede a observação de objectos menos brilhantes que estejam na sua vizinhança. Para as crianças, uma proposta diferente: procurar na Lua objectos imaginários - um coelho, um homem, um gelado.
Para os artistas, são noites perfeitas: o reflexo na água do mar, a enorme forma com que a Lua parece surgir no horizonte. Uma ilusão, é claro, uma partida que nos prega o nosso cérebro que nos faz pensar que o tamanho da Lua realmente se altera. A composição desta imagem mostra claramente quão enganado está:
Para os amantes, a promessa de momentos românticos. Até mesmo a presença de alguma nebulosidade não impede momentos inesquecíveis. A existência de cristais de gelo na alta atmosfera pode brindar-nos com um belo halo à volta da Lua.
Para os humanos, é também a garantia da nossa existência neste planeta. É que o nosso satélite natural, cuja formação ainda é um mistério, garante a estabilidade do eixo do nosso planeta. Se a Lua não existisse, provavelmente a vida na Terra não se teria ainda desenvolvido ou, se tivesse, não seria certamente um membro da raça humana a escrever essa peça, se já houvesse escrita.
in: notícias sapo
Com a chegada da Primavera somos brindados com um cheirinho diferente no ar, o canto dos passarinhos, as múltiplas cores das flores que embelezam as nossas ruas. Uops! - mas parte do planeta prepara-se agora para a chegada do Inverno, as pessoas apressadas aproveitam os últimos dias de calor enquanto o Outono se instala. É que as estações do ano não são iguais nos dois hemisférios.
Desafio agora o leitor a rever os seus conhecimentos: porque temos várias estações ao longo de uma volta do nosso planeta em torno do Sol? Para aqueles que responderam que é devido à maior ou menor proximidade do nosso planeta à nossa estrela, lamento desapontar. É que embora a órbita da Terra em torno do Sol não seja perfeitamente circular, está bem próximo disso. E além disso, se fosse essa a razão, como poderíamos explicar as diferentes estações nos dois hemisférios? A explicação é outra: tem a ver com a inclinação do eixo de rotação do nosso planeta em relação à sua órbita.
Os dois hemisférios recebem diferentes quantidades de calor ao longo da trajectória. Na verdade, todos os planetas cujos eixos estão inclinados em relação às suas órbitas apresentam estações diferentes nos dois hemisférios. Quando um hemisfério aponta para o Sol, nessa parte do planeta é Verão e, na parte oposta, Inverno. Em Mercúrio, Vénus e Júpiter, a inclinação é tão pequena que essas diferenças não se fazem notar.
in: notícias sapo
Investigadores dos centros tecnológicos de Terrasa e de Talavera de la Reina, em Espanha desenvolveram peças de roupa capazes de gerar electricidade que possibilitam o carregamento de telemóveis e câmaras, aproveitando a diferença de temperatura entre o corpo humano e o meio ambiente, refere a EFE.
Fontes do centro tecnológico de Leitat (Terrasa) explicam que o corpo humano tem uma temperatura interna estável de 37 graus o que se traduz numa temperatura superficial na ordem dos 32/34 graus, dependendo da zona da pele. Se a diferença de temperatura que existe entre corpo humano e meio-ambiente for aproveitada pode gerar electricidade, em conjunto com o uso de um dispositivo termoeléctrico.
O principal objectivo é aproveitar a energia libertada pelo corpo e transformá-la em electricidade pelo efeito termoeléctrico. Foi a partir desta hipótese que os investigadores partiram para o projecto já terminado, agora em fase de melhoramento.
Como interface entre a pele e o meio-ambiente, o mais viável é o aproveitamento das fibras têxteis (peças de vestuário) para a integração do dispositivo termoeléctrico. Esta solução pode tornar possível a rentabilização da energia transformada em electricidade para o carregamento de uma bateria ou de aparelhos electrónicos portáteis.
in: iol diário
11-04-2009
Durante quatro dias, o DN acompanhou um grupo de 70 estudantes, metade nacionais, metade de outros 15 países. Finalistas de mestrados e doutoramentos, todos especializados em energias renováveis. Esta é a história de como eles viram o futuro de uma aposta portuguesa.
Quinta-feira, duas da tarde, o sol já aquece na Amareleja, Alentejo. Uma tenda branca ergue-se entre as colinas suaves, a interromper a simetria dos painéis da "maior central solar da Europa". A tenda serviu para receber a apresentação que o Governo acabou de fazer para as televisões. Mas parece deslocada, como uma mancha branca no azul que uma ligeira névoa impede de brilhar.
Pratos rectangulares alinham-se como se fosse um exército a vigiar o ar. Virada para os painéis, uma das finalistas de engenharia, portuguesa, deve ter visto algo de poético nas estruturas cinzentas. "Parecem flores", diz. Pergunto-lhe o que achou da viagem de quatro dias e a resposta é igual à que eu próprio daria: "Fiquei com uma visão diferente do País, da sua beleza, da cultura. E, em relação às renováveis, estamos mais avançados do que pensava".
Durante quatro dias, o grupo de estudantes percorreu dois terços do País, vendo fábricas, uma barragem, a central solar e dois parques eólicos. A ideia do Governo era mostrar uma faceta de Portugal pouco conhecida e que revela algum avanço tecnológico. A escolha dos estudantes foi feita pelos respectivos países e a curiosidade de cada um era evidente. Havia diversidade nas áreas de interesse no campo da energia renovável, sobretudo economia e engenharia. E alguns dos estudantes vinham das melhores universidades mundiais.
Entre as viagens, os economistas discutiam com os engenheiros e havia também as conversas dos cientistas, a trabalhar nos sectores mais avançados da área energética, como supercondutividade, células fotovoltaicas e de hidrogénio ou fusão nuclear. O vento foi o que mais os surpreendeu.
Para um país como Portugal, no meio da tabela em riqueza, a central eólica de Ventominho é um feito, pois estabelece uma espécie de liderança, colocando Portugal entre os primeiros cinco países do mundo neste tipo de produção de energia.
As estruturas de mais de 100 metros de altura e as pás de 41 metros erguem--se no topo da Serra do Gerês, na fronteira com a Espanha. Este parque eólico custou 360 milhões de euros e as suas 120 turbinas têm uma capacidade instalada de 240 Mw (megawatts). O parque foi completado há um mês e o edifício central ainda cheira a tinta. Aqui deverá produzir-se 1% da electricidade de Portugal. O vento frio empurra as pás de oito toneladas, uma espécie de asas gigantes produzidas numa fábrica em Viana do Castelo. Alguns estudantes estão boquiabertos. Os indianos entusiasmados. Vivek Agarwal, de Bangalore, explica que a energia do vento é aplicável na Índia, mas os aerogeradores portugueses (2Mw) serão grandes para o seu país, que precisará de turbinas com 0,5Mw.
Ao todo, Portugal já tem uma capacidade instalada de 3000 Mw na eólica. O vento é grátis e estas estruturas criaram empregos. Esta é também uma forma de financiar comunidades rurais: as freguesias à volta de Ventominho receberam 15% do capital, mas as acções foram vendidas. Estes detalhes surpreenderam os economistas. E os ingleses afirmavam que no seu país este parque seria improvável, pois as populações acham que as torres estragam a paisagem.
Para o futuro do vento, o governo português estabeleceu metas ambiciosas, 6100 Mw em 2012, mas é provável que a meta seja difícil de atingir. Não restam muitos sítios adequados para colocar os aerogeradores e a tarifa desceu devido à escala alcançada. Por isso, este tipo de energia ficou menos interessante para os consórcios produtores.
Uma objecção que o ministro da Economia, Manuel Pinho, desvaloriza. Segundo Pinho, Portugal tem condições ímpares para a produção de energia renovável. O vento, o sol e as ondas, sobretudo, mas há uma aposta em novas barragens.
E em relação à escassez de melhores lugares para os parques eólicos, o ministro garante que há o suficiente para mais 5000 Mw (o que elevaria a capacidade a 8000 Mw). Isto, claro, se o País continuar com vento de feição. C O DN viajou a convite do Ministério da Economia
A vantagem do ambiente estável
As decisões políticas em matéria de energia permitiram na última década criar um sistema que favoreceu o crescimento do eólico
Em Portugal, o impulso das energias renováveis foi político, para evitar o impacto macroeconómico e ambiental do petróleo, cuja queima produz elevadas emissões de dióxido de carbono. "Nas eólicas conseguimos criar fábricas, há um cluster industrial. Foi a solução certa", explicou ao DN João Peças Lopes, professor da Universidade do Porto, um perito português que falou com os estudantes e que respondeu às suas perguntas.
Leslie Martin, americana, e uma das estudantes que levantou mais questões, estava particularmente interessada nos custos do transporte da energia. Na sua opinião, este era um dos principais problemas do sistema português, pois a dispersão dos aerogeradores implica perdas nas linhas e cabos. Mas Leslie também explicava que os portugueses conseguiram "de forma inovadora" integrar as energias renováveis na sua produção eléctrica.
Esta opinião, aliás, era comum a vários estudantes estrangeiros, que sublinhavam o facto de Portugal não ter as patentes, onde estará o rendimento mais sério. No entanto, o País organizou um sistema que levou dez anos a criar e que já é responsável por 43% da nossa electricidade, isto incluindo as hídricas. Este êxito baseia-se numa certa estabilidade no ambiente do negócio, nomeadamente no complexo sistema de tarifas suportadas pelos consumidores de electricidade.
Da energia produzida em Portugal, 12% vem dos parques eólicos, o equivalente a duas centrais nucleares. A comparação com o nuclear não é inteiramente exacta, pois uma central eólica pode trabalhar à volta de 3 mil horas por ano, enquanto a nuclear o faz por mais de 8 mil horas. O ambiente regulatório inclui uma directiva comunitária que dá prioridade à electricidade produzida por fontes renováveis, como sol, vento ou água. Segundo Peças Lopes, esta lei retiraria competitividade a uma central nuclear, caso houvesse decisão política de construir uma em Portugal. Como a electricidade das fontes renováveis entraria primeiro na rede, sendo a suficiente em parte do tempo total, a central estaria parada em largos períodos, implicando preços mais elevados no pico de consumo, para compensar o investimento e as horas perdidas.
O nuclear será a solução para países que dominem a tecnologia mas sem grandes recursos de vento ou sol. A Rússia é um exemplo nítido desta limitação. Mas, por exemplo Moçambique, forte na área hídrica, possui problemas muito diferentes, pois apenas 13% da população tem acesso a electricidade. Ali, o desafio será desenvolver tecnologias em pequena escala, que produzam energia disponível para as comunidades rurais. A melhor solução poderia ser o solar, mas o custo das células fotovoltaicas é proibitivo.
in:DN
12-04-2009
O vaivém espacial norte-americano Discovery alcançou no domingo a órbita terrestre, menos de nove minutos após o seu lançamento na Florida, com sete astronautas a bordo, que se juntarão à Estação Espacial Internacional, anunciou a Nasa.
O Discovery foi lançado, como previsto, às 19:43, hora local (23:43 em Lisboa), na central espacial Kennedy, perto de Cabo Canaveral, Florida, ao pôr do sol, num céu sem nuvens, para atingir a órbita ao fim de oito minutos e 34 segundos.
Uma equipa técnica ajustou horas antes a pressão de hélio de uma das quatro válvulas de hidrogénio líquido do tanque externo do Discovery, uma avaria que tinha impedido o lançamento daquele vaivém espacial.
A pressão de hélio é usada para evitar a formação de gelo e manter os equipamentos eléctricos a boas temperaturas, acrescentou.
O hidrogénio líquido é mantido a muito baixas temperaturas num reservatório externo que provocará, sem um sistema que o impeça, a formação de gelo nas condutas devido à humidade exterior.
in: iol diário
A sonda espacial Goce, da Agência Espacial Europeia, foi esta terça-feira lançada com êxito, às 15:21 (14:21 em Portugal), desde o cosmódromo Plesetsk, no Norte da Rússia, refere o «El Pais».
Refira-se que o lançamento tinha sido suspenso ontem, quando faltavam apenas sete segundos para a descolagem, devido a uma falha num interruptor das comportas na torre de lançamento.
Depois de aparentemente terem resolvido o problema, a comporta abriu-se vários minutos antes da partida.
O Goce (Gravity field and steady-state Ocean Circulation Explorer) foi colocado em órbita a 280 quilómetros da Terra, sobrevoando os pólos.
A missão pretende medir as variações no campo gravitacional do planeta, aproximadamente durante 20 meses.
Os cientistas procuram informação na área ambiental e dos oceanos, capazes de auxiliar na compreensão das alterações climáticas.
in: iol diário
Um mundo inóspito. Uma camada de ozono praticamente inexistente. Um planeta muito diferente daquele que conhecemos, onde os raios solares são capazes de provocar cancro da pele e queimaduras em apenas 5 minutos de exposição.
O cenário parece pertencer ao universo da ficção científica. Mas é bem mais dramático. Trata-se do resultado da última simulação realizada pela NASA, que prevê como será o planeta em 2065, caso os países não reduzam a produção de substâncias químicas, segundo cita o jornal 20 minutos.
De acordo com o relato da NASA, dois terços da camada de ozono desapareceriam, não só nos pólos mas em todo o mundo. É esta a conclusão a que cientistas da agência espacial norte-americana chegaram, numa simulação que estuda a evolução do planeta desde 1974 até 2065.
No entanto, esta realidade, segundo a NASA, pode ter-se evitado, uma vez que em 1987, um total de 193 países, proíbiram emissões de substâncias químicas, ao assinarem o Protocolo de Montreal.
O Dia Internacional de Preservação da Camada de Ozono realiza-se a 16 de Setembro.
in: iol diário
O maior acelerador de partículas do mundo recomeça a funcionar em finais de Setembro, com as primeiras colisões de protões previstas para Outubro, na sequência de uma paragem por avaria ocorrida há quase seis meses.
Ana Henriques, especialista em física de altas energias e responsável por um dos calorímetros do Grande Colisionador de Hadrões (LHC), disse hoje à Lusa que a estrutura ficará a funcionar sem interrupções até ao Outono de 2010, tendo apenas uma breve paragem técnica durante as férias de Natal.
O LHC começou a funcionar há cerca de seis meses, a 10 de Setembro, mas uma avaria ocorrida nove dias depois, provocada por uma ligação eléctrica defeituosa, forçou a paragem total da estrutura.
A falha provocou deteriorações mecânicas e uma fuga de hélio das massas frias do magnete, o que implicou uma prolongada reparação, tornada mais demorada pelo tempo necessário ao reaquecimento do sector afectado do LHC, já que funciona a temperaturas de até dois graus Kelvin (-2711 C), e ao posterior arrefecimento, além de que toda a estrutura foi encerrada em Novembro, devido ao elevado custo da electricidade durante o Inverno, como explicou Ana Henriques.
O LHC é constituído por um túnel subterrâneo de 27 quilómetros em forma de anel, construído a 100 metros de profundidade, perto de Genebra, na Suíça, para criar condições à colisão de protões a uma velocidade próxima da luz.
O objectivo é simular os primeiros milésimos de segundo do Universo, há cerca de 13,7 mil milhões de anos, no que é considerada a maior experiência científica do século.
O novo calendário de funcionamento "permitirá recolher dados experimentais suficientes para efectuar as primeiras análises de nova física e a divulgação dos primeiros resultados em 2010", indica um comunicado do CERN, que admite a possibilidade de se produzirem também colisões de iões de chumbo em 2010.
Este planeamento representa um atraso de seis semanas em relação ao anterior, que previa o arrefecimento do LHC já no princípio de Julho.
Esse atraso fica a dever-se a vários factores, nomeadamente à instalação de um novo sistema de protecção reforçado e de novas válvulas para reduzir os danos secundários em caso de novos incidentes, à aplicação de medidas de segurança e a alterações de calendário causadas pela transferência e armazenamento de hélio.
No projecto participam investigadores portugueses, nomeadamente em duas experiências, ATLAS e CMS, sendo Ana Henriques responsável pelo calorímetro hadrónico de ATLAS (TILECAL), um dos sub-detectores do detector ATLAS.
Em várias fases da construção do LHC participaram várias empresas portuguesas, como o Instituto de Soldadura e Qualidade, o grupo Efacec, a A. Silva Matos Metalomecânica e a ACL - Indústria de Componentes.
A construção da estrutura prolongou-se por mais de doze anos, ao custo de 3,76 milhões de euros, e mobilizou milhares de físicos do mundo inteiro.
Portugal é membro do CERN (Laboratório Europeu de Física de Partículas) desde Abril de 1985.
in: público
O maior acelerador de partículas do mundo recomeça a funcionar em finais de Setembro, com as primeiras colisões de protões previstas para Outubro, na sequência de uma paragem por avaria ocorrida há quase seis meses.
Ana Henriques, especialista em física de altas energias e responsável por um dos calorímetros do Grande Colisionador de Hadrões (LHC), disse esta segunda-feira à Lusa que a estrutura ficará a funcionar sem interrupções até ao Outono de 2010, tendo apenas uma breve paragem técnica durante as férias de Natal.
Hackers atacam acelerador de partículas
O LHC começou a funcionar há cerca de seis meses, a 10 de Setembro, mas uma avaria ocorrida nove dias depois, provocada por uma ligação eléctrica defeituosa, forçou a paragem total da estrutura.
A falha provocou deteriorações mecânicas e uma fuga de hélio das massas frias do magnete, o que implicou uma prolongada reparação, tornada mais demorada pelo tempo necessário ao reaquecimento do sector afectado do LHC, já que funciona a temperaturas de até dois graus Kelvin (-2711 C), e ao posterior arrefecimento, além de que toda a estrutura foi encerrada em Novembro, devido ao elevado custo da electricidade durante o Inverno, como explicou Ana Henriques.
Velocidade próxima da luz
O LHC é constituído por um túnel subterrâneo de 27 quilómetros em forma de anel, construído a 100 metros de profundidade, perto de Genebra, na Suíça, para criar condições à colisão de protões a uma velocidade próxima da luz.
O objectivo é simular os primeiros milésimos de segundo do Universo, há cerca de 13,7 mil milhões de anos, no que é considerada a maior experiência científica do século.
O novo calendário de funcionamento «permitirá recolher dados experimentais suficientes para efectuar as primeiras análises de nova física e a divulgação dos primeiros resultados em 2010», indica um comunicado do CERN, que admite a possibilidade de se produzirem também colisões de iões de chumbo em 2010.
Novo atraso
Este planeamento representa um atraso de seis semanas em relação ao anterior, que previa o arrefecimento do LHC já no princípio de Julho.
Esse atraso fica a dever-se a vários factores, nomeadamente à instalação de um novo sistema de protecção reforçado e de novas válvulas para reduzir os danos secundários em caso de novos incidentes, à aplicação de medidas de segurança e a alterações de calendário causadas pela transferência e armazenamento de hélio.
No projecto participam investigadores portugueses, nomeadamente em duas experiências, ATLAS e CMS, sendo Ana Henriques responsável pelo calorímetro hadrónico de ATLAS (TILECAL), um dos sub-detectores do detector ATLAS.
Participação portuguesa
Em várias fases da construção do LHC participaram várias empresas portuguesas, como o Instituto de Soldadura e Qualidade, o grupo Efacec, a A. Silva Matos Metalomecânica e a ACL - Indústria de Componentes.
A construção da estrutura prolongou-se por mais de doze anos, ao custo de 3,76 milhões de euros, e mobilizou milhares de físicos do mundo inteiro. Portugal é membro do CERN (Laboratório Europeu de Física de Partículas) desde Abril de 1985.
in: iol diário 09-03
MAGIC. Telescópio examina região galáxica a três biliões de anos-luz da Terra durante mais de 50 horas
Uma equipa internacional de astrofísicos, que envolve vários grupos de pesquisa de Espanha, descobriu uma fonte de raios gama de alta energia numa região de galáxias distantes - 3C 66ª e 3C 66B. Esta nova emissão, observada num telescópio MAGIC em Las Palmas (ilhas Canárias) não é aquilo que os cientistas esperavam encontrar. Em 2007 o telescópio MAGIC esteve mais de 50 horas a observar a região galáxica 3C 66A, que está a mais ou menos 3 biliões de anos luz da Terra. Os resultados destas observações mostraram a descoberta de uma fonte de raios gama de alta intensidade energética (para cima de 150 biliões de volts), como foi publicado no The Astropshysical Journal Letters. Nos próximos anos, os cientistas continuarão a estudar aquela região do espaço, também observada por outros telescópios para além do MAGIC, para encontrarem uma explicação correcta.
in: DN
09-03
A T-Systems apresentou na CeBIT uma nova caneta digital, que permite aos utilizadores enviar notas escritas à mão para um telemóvel
A nova tecnologia foi desenvolvida com objectivo de diminuir custos e tornar procedimentos mais rápidos, através do envio de notas directamente para telemóvel, através de Bluetooth. Entre os exemplos da utilização desta caneta dadas pela T-Systems surgem a assinatura de contratos, tarefa que poderá vir a revolucionar as transacções de negócios num futuro próximo, e a criação de notas em apresentações em slides de PowerPoint, que vão aparecer em tempo real durante a apresentação. in: sol 07-03
Pesquisa. Em 1816 não houve Verão na Europa devido à erupção do Tambora, na Indonésia, no ano anterior. O primeiro estudo sobre esse fenómeno em Portugal e Espanha foi agora publicado
Investigação sobre fenómeno na Península Ibérica
Em Abril de 1815 o vulcão Tambora, na Indonésia, explodiu com extrema violência, lançando na atmosfera milhões de toneladas de gases e materiais, protagonizando a maior erupção vulcânica do último milénio. No ano seguinte, por causa disso, as temperaturas dos meses estivais sofreram um abaixamento abrupto na Europa e na América e, por isso, 1816 ficou conhecido como "o ano que não teve Verão". Na Península Ibérica, sabe-se agora, também foi assim. É isso que mostra o primeiro estudo sobre aquele fenómeno em Portugal e Espanha.
A investigação foi realizada por um grupo de cientistas portugueses e espanhóis e acaba de ser publicado na International Journal of Climatology.
"Sabíamos que esta questão estava bem documentada na Europa e na América, tínhamos indícios de que a Península Ibérica também teria sido afectada pelo ano sem Verão e, por outro lado, tínhamos conhecimento de que havia alguns dados meteorológicos da época, que alguns de nós já tinham recolhido para outros trabalhos. Decidimos juntar tudo e avançar para o estudo", explicou ao DN o climatologista Ricardo Trigo, do Centro de Geofísica de Universidade de Lisboa, e o coordenador da equipa.
A recolha e a análise dos dados levou cerca de um ano, e depois foi preciso, com base nessa informação, fazer a reconstrução do clima desse ano, para perceber até que ponto tinham chegado as anomalias nas temperaturas desse Verão que, afinal, não foi Verão nenhum.
Um dos relatos recolhidos pela equipa é o de um padre e advogado de Braga, José Manuel da Silva Tedim, que registou assim o estranho comportamento da meteorologia nesse Julho já distante: "Tenho 78 anos e nunca vi tanta chuva e tanto frio, nem mesmo em meses de Inverno".
Tal como aconteceu na Europa Ocidental, embora de forma menos acentuada, a produção de cereais caiu e o vinho ressentiu-se na quantidade e qualidade, porque as uvas amadureceram tarde. Na produção da azeitona os resultados também foram maus, de acordo com os relatos da época.
"Mesmo assim, nesse ano, Portugal e Espanha exportaram cereais para os outros países da Europa, onde as consequências na agricultura foram catastróficas e onde houve mesmo fome", conta Ricardo Trigo.
Meticulosos e observadores, alguns médicos registaram a ocorrência de doenças "fora de época" durante esse meses de Verão. No Algarve, por exemplo, "as doenças devidas ao tempo quente e à influência dos gases dos pântanos, como a desinteria e as febres biliosas e intermitentes não surgiram. Ao contrário, as doenças inflamatórias usuais no Inverno, foram frequentes", escreve um dos médicos de então, citado no artigo Iberia in 1816, the year without a summer, do grupo de Ricardo Trigo.
Importante neste trabalho foi também a recuperação de dados meteorológicos recolhidos nesse início do século XIX por alguns estudiosos em quatro pontos da península Ibérica: Lisboa, Cádiz, Madrid e Barcelona.
Esses registos foram fundamentais para a reconstrução do clima nesses anos de 1816 e 1817. Em Portugal, foi um militar e estudioso da meteorologia chamado Marino Miguel Franzini, quem os fez, em Lisboa e Sintra. A geógrafa Maria João Alcoforado, da equipa de Ricardo Trigo, "desenterrou-os" de uma publicação da Academia de Ciências, de 1779.
in: DN 07-03
Missão do telescópio Kepler começa esta noite
Kepler vai procurar planetas que orbitem em torno de estrelas parecidas com o nosso Sol
Se tudo correr bem, dentro de horas o novo telescópio espacial Kepler da NASA partirá de cabo Canaveral a bordo de um foguetão. A sua missão: descobrir outros "pontinhos azuis"- ou seja, planetas parecidos com o nosso que orbitem em torno de estrelas parecidas com o nosso Sol.
A anos-luz da Terra, algures na nossa galáxia, a Via Láctea, uma anónima e modesta estrela alberga um pequeno planeta, feito de continentes de pedra, oceanos de água líquida e céus azuis. Tal como a Terra, esse planeta completa uma órbita em torno do seu sol em mais ou menos um ano. Não é nem muito quente nem muito frio: tem a temperatura ideal para o desenvolvimento da vida. Quem sabe, talvez já esteja cheio de vida... O que não daríamos para o ver!
O mais provável é que isso nunca venha a acontecer - mesmo um punhado de anos-luz são milhões de quilómetros a mais para os seres humanos lá chegarem em pessoa. Mas os astrónomos acreditam que é, contudo, possível fazer algo que se aproxima disso: estudar a atmosfera de planetas como este - se é que existem -, determinar se são habitáveis e descobrir eventuais sinais da presença de vida.
É um velho sonho da Humanidade, saber se estamos ou não sozinhos no Universo. O nosso "pontinho azul", como lhe chamava o conhecido astrónomo Carl Sagan, será único, ou haverá muitos outros como ele noutros cantos da Via Láctea e até de outras galáxias? E se houver muitos outros, haverá ou não vida neles? E se houver vida neles, será vida inteligente, consciente, ou apenas vida primitiva?
O telescópio espacial Kepler da NASA, que deverá ser lançado por volta das 4h da próxima madrugada (hora de Lisboa) a partir de cabo Canaveral, na Florida, a bordo de um foguetão Delta2, é a concretização da primeira etapa indispensável na exploração desta nova fronteira. Tem por missão descobrir mais pontinhos azuis. "O Kepler é uma importante pedra angular para percebermos que tipos de planetas se formam à volta de outras estrelas", diz Debra Fischer, "caçadora" de planetas extra-solares da Universidade Estadual de São Francisco, citada num comunicado da NASA. "As suas descobertas (...) vão ser o nosso guia para conseguirmos um dia vislumbrar um pontinho azul como o nosso à volta de outra estrela da nossa galáxia."
Até à data, conhecem-se mais de 300 "exoplanetas", mas nenhum deles parece ser muito semelhante à Terra; costumam ser muito maiores e a maioria são bolas gigantes de gases incandescentes. De facto, nem o telescópio espacial Hubble nem os mais potentes telescópios terrestres seriam capazes de detectar planetas do tamanho da Terra a distâncias tão imponentes. Espera-se que as coisas mudem radicalmente com a chegada do Kepler ao espaço, que, para mais, ao contrário dos outros telescópios, se dedicará em exclusividade à pesquisa de exoplanetas (a sonda Corot, lançada pela Agência Espacial Europeia em 2006, também à procura de planetas extra-solares, é menos potente do que o Kepler e menos adequada à detecção de planetas tipo-Terra).
Olhar fixamente as estrelas
O novo telescópio, baptizado em homenagem a Johannes Kepler (1571-1630), pai da astronomia moderna, pesa uma tonelada e custou 478 milhões de euros. É basicamente composto por uma câmara digital de 95 milhões de pixéis - a mais potente de sempre a ser colocada no espaço - e de um espelho com quase um metro e meio de diâmetro. A abertura do telescópio é quase de um metro.
Colocado em órbita à volta do Sol, seguirá o rasto ao nosso planeta e ficará orientado para uma porção do céu visível do Hemisfério Norte da Terra, na direcção das constelações Cisne e Lira. Ao longo dos pelo menos três anos (pode chegar aos seis) que deverá durar a sua missão, vai realizar um gigantesco "recenseamento planetário", segundo as palavras de Jon Morse, director da divisão de Astrofísica da NASA, olhando fixamente e simultaneamente para mais de 100 mil estrelas nessa região da Via Láctea.
Para detectar exoplanetas, o Kepler utilizará o método dito dos trânsitos, que consiste em detectar pequeníssimas flutuações da radiação, "piscadelas" na luz emitida pelas estrelas, devidas à passagem de um planeta à sua frente. O Kepler é um aguçadíssimo olho no céu, como explica James Fanson, responsável da missão, no mesmo documento da NASA: "Se o Kepler olhasse para a Terra à noite a partir do espaço, seria capaz de detectar a diminuição da luz num alpendre se alguém passasse à frente da lâmpada". O que equivale ainda a ser capaz, para recorrer à imagem usada pelo New York Times, de detectar a variação de luz produzida por uma pulga a rastejar à superfície do farol de um carro. O Kepler fará observações em contínuo, sem desviar o olho dos seus alvos e sem pestanejar, e enviará para a Terra os dados recolhidos uma vez por semana.
Como os planetas que o Kepler procura devem ser parecidos com o nosso e a sua estrela parecida com o nosso Sol, isso significa, em princípio, que esses planetas demoram cerca de um ano a completar uma volta em torno da estrela. Portanto, ao longo da sua missão, o novo telescópio deverá ser capaz de confirmar várias vezes a redução periódica da luminosidade de uma dada estrela de forma a garantir que essa variação se deve à passagem de um planeta e não a algum outro fenómeno. Mas isso também quer dizer que só no fim da missão é que se saberá quantos planetas do tipo da Terra é que o Kepler encontrou.
Contudo, os responsáveis da missão têm uma ideia do número em causa. Pensam que o Kepler deverá detectar centenas de planetas de todo o tipo - muitos deles gigantes quentíssimos - e que, se de facto os pontinhos azuis forem moeda corrente na nossa galáxia, umas dezenas dos exoplanetas descobertos serão parecidas com a Terra e estarão situadas na zona "habitável" do seu respectivo sistema solar.
Umas dezenas pode parecer muito pouco, dado o número de estrelas que o telescópio irá perscrutar. Mas o facto é que, entre aquelas 100 mil estrelas e o seu eventual cortejo de planetas, nem todos se vão alinhar com o Kepler para serem "apanhados" pela objectiva. Estima-se que um tal alinhamento apenas se produza em um por cento dos casos. Muitos planetas como o nosso passarão, portanto, despercebidos, mesmo que existam.
Mas nada garante o desenlace: "Se descobrirmos que a maior parte das estrelas possui planetas como a Terra", diz William Borucki, responsável científico da missão, "isso implica que as condições que sustentam o desenvolvimento da vida poderão ser comuns na nossa galáxia. Mas se encontrarmos poucos ou nenhuns planetas destes, isso indicará que talvez estejamos sozinhos."
in: publico
A Universidade de Bradford está a trabalhar num capacete capaz de estimular os cinco sentidos simultaneamente. Este dispositivo de realidade virtual vai permitir recriar uma visita guiada a um monumento, vendo, ouvindo e cheirando sem sair do sítio. Além disto, de acordo com o site 20 minutos, o capacete poderá ainda ajudar a superar traumas e tonturas.
O aparecimento de um capacete de realidade virtual que integre diferentes sensores capazes de estimular a visão, o cheiro, o paladar, o tacto e a audição, está a um passo de acontecer. Assim afirma a professora Bloj Marinha, do Departamento de Optometria da Universidade de Bradford que participa num projecto liderado pela Universidade de Warwick e York, ambas em Inglaterra, com o propósito de construir o capacete num período de cinco anos.
Já tinha sido apresentado um protótipo em Londres, na feira Pioneros - 09, organizada pelo Conselho de Pesquisa de Engenharia e Ciências Físicas mas não funcionou.
«Demorámos um ano neste projecto e demos conta que os trabalhos realizados até ao momento não têm em conta o factor humano, isto é, como funciona o cérebro na hora de combinar os diferentes factores»,explicou Bloj.
«Isto já aparecia nos filmes há 20 anos e no entanto ainda não o temos.», acrescentou a professora. Poderão ser várias as aplicações práticas deste dispositivo quer em termos educacionais, quer ao nível da saúde.
in: iol diário
Seguindo a mesma linha do Eee Pc, a Asus exibiu na feira de tecnologia Cebit, o Eee Keyboard. Com o formato de um teclado, inclui um ecrã de 5 polegadas sensíveis ao toque e dispositivos, normalmente encontrados em computadores portáteis tradicionais, como acesso à Internet sem fios, portas USB e sistema operacional XP.
Este protótipo, cujo preço ainda não foi divulgado, está perto de ser comercializado. Segundo avança o site G1, a Asus confirmou em Janeiro, ao blog de tecnologia «Engadget», que o Eee Keyboard estaria perto do protótipo final.
Fiel ao conceito Eee «easy to learn, easy to work, easy to play» (fácil de aprender, fácil de trabalhar, fácil de brincar), este modelo pesa 950 gramas, tem disco rígido de 16 Gb e memória RAM de 1 GB.
in: iol diário
Foi apresentado, na CeBIT, um computador de bordo que fornece informações variadas aos condutores
Informações sobre navegação, engarrafamentos e condições rodoviárias, bem como advertências quanto à presença de peões ou ciclistas no chamado «ponto cego», passarão a ser transmitidas pelo novo computador de bordo criado pela Chemnitz University of Technology. O sistema de navegação integra sensores e câmaras que permitem captar os dados e transmiti-los aos condutores através de um monitor colocado no canto inferior do pára-brisas da viatura. Recorrendo ao sistema de emissão de luzes (LED), as informações serão exibidas sob a forma de símbolos. Por resolver, está ainda o modo como toda esta informação será veiculada sem que isso distraia o condutor da condução. in: sol 05-03
As rádios piratas podem colocar vidas em risco por interferir com as frequências de emergência, afirma a entidade reguladora da indústria das comunicações no Reino Unido, a Ofcom
De acordo com a Ofcom, as transmissões podem colocar vidas em risco por interferir com as frequências do serviço de emergência, além de poderem também bloquear as estações legítimas. Numa tentativa para combater a pirataria de rádios, as autoridades britânica têm vindo a aumentar os seus esforços na detecção e encerramento das estações infractoras Na sequência das suas actividades, a polícia invadiu um domicilio no norte de Londres, que, segundo dizem, albergava uma estação de rádio ilegal. Foram presas cinco e apreendidos milhares de libras e equipamentos de radiodifusão e musicais. Dados divulgados pela Ofcom revelam que existem mais de 150 estações de rádios piratas a operar em todo o Reino Unido, metade das quais estão localizadas em Londres e no sudeste da Inglaterra. No ano passado, a polícia realizou buscas em 43 estúdios utilizados por estações piratas e encerrou 838 transmissores ilegais. in: sol 04-02
O futuro de jornais e livros passa pelos eBooks, sobretudo no actual cenário de crise, defendem especialistas editoriais
Para o editor executivo Multimédia da revista Visão, Filipe Luís, o futuro do mercado da escrita contempla os livros digitais (eBooks) e jornais em formato digital, ambos lidos em equipamentos como computadores, PDAs ou leitores próprios. Em declarações à Lusa, o jornalista considerou que, por um lado, o eBook não alterará, a nível pessoal, o «hábito de ler e tactear um livro». Contudo, por outro, «há que reagir sem hostilidade aos avanços tecnológicos, que permitirão aos jornalistas redobrar as suas capacidades para comunicar», salientou. Quanto a Portugal, Hugo Xavier, editor da Cavalo de Ferro, disse à Lusa, no começo do mês de Fevereiro, que no país «não existe mercado suficiente para lançamentos digitais regulares». A par com a comercialização de obras digitais estão iniciativas como o Projecto Gutenberg, «o primeiro produtor de livros electrónicos grátis», que têm contribuído para o acervo de livros disponibilizados na Internet. in: sol 04-02
A maior explosão de raios gama de sempre foi descoberta pelo telescópio espacial Fermi, da NASA, e aconteceu a 12,2 mil milhões de anos-luz da Terra, na constelação Carina.
Os cálculos foram feitos por cientistas do Instituto Max Planck, da Alemanha, que concluíram que a intensidade luminosa do acontecimento chegou a equivaler a cinco milhões de vezes a luz visível e os jactos de gás que emitiram os primeiro raios gama deslocaram-se quase à velocidade da luz.
Os mesmos cientistas estimaram também que a explosão foi mais forte do que nove mil supernovas. As supernovas são grandes explosões que ocorrem no final do tempo de vida de uma estrela.
João Lin Yun, do Observatório Astronómico de Lisboa, considera que "este acontecimento extremo é importante em termos quantitativos - na distância e intensidade -, mas a nível qualitativo não apresenta grandes novidades".
E deu-se numa fase inicial do Universo, que tem uma idade de cerca de 13,7 mil milhões de anos-luz.
O astrónomo português explica que as explosões deste tipo surgem com alguma regularidade no Universo, mas é difícil observá-las porque há poucos telescópios espaciais capazes de detectar o comprimento de onda dos raios gama.
Por outro lado, "as emissões de raios gama duram apenas alguns segundos, o que significa que a sua análise tem de ser muito rápida e restringir-se a energias muito altas, onde as observações não são habituais".
As emissões de raios gama não podem ser detectadas pelos telescópios terrestres por causa do efeito da atmosfera, que as confunde com outros tipos de radiação.
in. expresso
20-02
Astronomia
Um pequeno asteróide passou ontem de “raspão” à Terra, de acordo com o Minor Planet Center (MPC) da União Internacional da Astonomia. O pequeno objecto passou a apenas 72 mil quilómetros da Terra, que representa um quinto da distância entre a Terra e a Lua e o dobro da distância da maioria de satélites de comunicações, segundo o site Sky and Telescope.
Esta pequena ameaça celeste, designada de 2009 DD45 - que se julga ter cerca de 30 metros - passou ontem por volta das 13h00 muito perto do nosso planeta.
O objecto foi detectado pela primeira vez no sábado por uma equipa de investigadores australianos e mais tarde confirmado pela MPC.
O mais recente objecto que se tinha avistado passar tão perto da Terra foi o 2004 FU162, um asteróide de seis metros que passou a mais de 6 mil quilómetros no nosso planeta, em Março de 2004.
Nos tempos recentes apenas um asteróide de dimensões semelhantes ao 2009 DD45 colidiu com a Terra. Há cem anos, a 30 de Julho de 1908, o Tunguska atingiu a terra na zona da Sibéria libertando força equivalente a 85 bombas como a de Hiroshima e derrubando 80 milhões de árvores.
In: público
Parece muito longe mas não é. O pequeno asteróide 2009 DD45, de 30 metros de comprimento, passou na terça-feira (3 de Março) apenas a 72 mil quilómetros da superfície da Terra, uma distância cinco vezes mais pequena que aquela que separa o nosso planeta da Lua.
Em termos astronómicos, 72 mil quilómetros é uma distância irrisória. O astro, do tamanho de um prédio de habitação com 10 andares, foi detectado no sábado (28 de Fevereiro) por uma equipa de astrónomos australianos do programa de detecção Siding Spring Survey. Caso embatesse na superfície da Terra ou próximo dela, teria provocado estragos semelhantes ao asteróide de Tunguska, na Sibéria, em 1908.
Este asteróide, que explodiu no ar sobre o rio Tunguska, destruiu há cem anos uma área de floresta com 2 000 quilómetros quadrados (metade da área do Algarve), queimando ou derrubando 80 milhões de árvores.
Se o impacto tivesse ocorrido numa zona urbana densamente povoada o número de vítimas seria incalculável, já que a força libertada pela explosão na Sibéria equivalia a 85 bombas atómicas como a de Hiroshima, cidade japonesa onde morreram 80 mil pessoas e 69% dos edifícios ficaram completamente destruídos no final da II Guerra Mundial, em 1945.
Em Fevereiro, um grupo de trabalho das Nações Unidas nesta área (que na língua inglesa é conhecida pelo acrónimo NEO - Near-Earth Objects) reuniu-se para definir regras e procedimentos a nível internacional para lidar no futuro com este género de fenómenos potencialmente catastróficos.
Richard Crowther, chefe deste grupo de cientistas, afirmou à BBC que a passagem à tangente de objectos como o 2009 DD45 "demonstra a necessidade de a comunidade internacional criar meios que possam mitigar o eventual impacto deste tipo de ameaças".
Entretanto, a Agência Espacial Europeia (ESA), organização a que Portugal pertence, tem estado a preparar uma nova missão destinada a recolher material da superfície de um asteróide com menos de um quilómetro de comprimento que tenha uma órbita próxima da Terra. O asteróide ainda não foi escolhido.
A missão, conhecida por Marco Pólo, envolve o lançamento de uma nave em 2017 e destina-se a desvendar como se formou o Sistema Solar e de que modo evoluíram planetas como a Terra.
Os asteróides, que estão principalmente concentrados entre Marte de Júpiter (na Cintura de Asteróides), são os restos rochosos que sobraram depois da formação do Sistema Solar, há 4,6 mil milhões de anos. Tudo indica que os planetas se formaram a partir da colisão sucessiva destes pequenos astros, como as peças de um puzzle.
in: expresso
04-03
Fóssil. Dentro do crânio fossilizado de um antepassado das raias e tubarões foi encontrado um minúsculo cérebro, o mais velho alguma vez descoberto. "Agora podemos começar à procura de outros", disse um dos cientistas do projecto
Crânios costumam chegar espalmados aos nossos dias
Os cientistas estavam a usar a luz sincrotrónica para analisar um dos poucos crânios completos de um peixe iniopterygian, um antepassado com 300 milhões de anos dos tubarões e das raias, quando se depararam com algo estranho. Mais testes revelaram um pequeno cérebro fossilizado, o mais velho alguma vez encontrado.
"Durante muitos anos, os paleontólogos usaram a forma da cavidade do crânio para pesquisar a morfologia do cérebro, porque o tecido mole não estava disponível", indicou o principal autor da descoberta, Alan Pradel, do Museu Nacional de História Natural francês. "Os tecidos moles fossilizaram no passado, mas são normalmente músculo ou órgãos como os rins", afirmou por seu lado John Maisey, do museu homólogo norte- -americano, em Nova Iorque. "Os cérebros fossilizados são pouco comuns e este é, de longe, o mais velho exemplo conhecido", acrescentou.
O cérebro do peixe, descoberto no estado norte-americano de Kansas, terá fossilizado "graças à presença de bactérias que cobriram o cérebro antes do início da decomposição", indicou Alan Pradel no artigo na revista Proceedings of the National Academy of Sciences. Normalmente, os fósseis do crânio deste animal chegam aos nossos dias espalmados, o que impede estudos pormenorizados.
Os exames com a luz sincrotrónica, no laboratório europeu em Grenoble (França), permitiram recolher informações detalhadas sobre a estrutura do cérebro. "É possível ver o cerebelo, a espinal medula, os lobos ópticos e os nervos", indicam os cientistas, que fizeram uma reconstrução a três dimensões do crânio.
O peixe, que não media mais de 50 centímetros de comprimento, tinha um cérebro simétrico de 1,5 por sete milímetros. "Agora, que sabemos que os cérebros se podem preservar dentro de fósseis tão antigos, podemos começar a procurar outros", afirmou Maisey, abrindo caminho ao estudo do desenvolvimento do cérebro em animais vertebrados.
in: DN 04-02
Imagens captadas pela «Nasa» desvendam carreiros formados por água corrente que datam de há 1.25 milhões de anos atrás. Esta descoberta pode representar o período mais recente da existência de água corrente no «planeta vermelho», reporta uma equipa de investigadores da Brown University de Rhode Island nos EUA à BBC.
O degelo de icebergs em «Promethei Terra», uma área montanhosa na parte sul do planeta, pode ter originado a existência de água corrente, como comprovam as crateras.
«Mas nunca pode ter havido tanta água que permitisse a formação de um lago onde pudesse nadar um peixe», explica Samuel Schon da Brown University. Este fenómeno «não durou muito tempo, mas aconteceu», acrescenta.
A datação foi possível pela contagem das camadas das crateras. Os investigadores afirmam que pode haver alguma margem de erro neste método, mas consideram aceitável o cálculo dos anos em que se deu o degelo que originou o fenómeno da água corrente.
in: iol diário
O primeiro satélite lunar da China chocou contra a Lua, este domingo, noticia a CCTV.
O Chang'e 1 cumpria uma missão há 16 meses e foi o primeiro passo do programa chinês para o espaço.
Durante esses 16 meses, o satélite enviou cerca de 1400Gb de informações, incluindo fotografias e mapas da Lua.
«Tínhamos quarto grandes objectivos para este programa. Através do trabalho de todos os nossos cientistas, penso que cumprimos a missão», disse Ouyang Zhiyuan, o responsável pelo projecto de exploração lunar da China.
Os dados recolhidos pelo Chang'e 1 vão ser distribuídos por cientistas chineses e, só após um ano de investigação, serão enviados para outros países.
O satélite foi lançado em Outubro de 2007, do centro de lançamento de satélites de Xichang.
in: iol diário
A NASA está prestes a lançar um novo projecto. O observatório Kepler vai viajar durante três anos e meio à procura de vida em planetas similares ao da Terra, segundo avança o site 20 minutos.
A NASA procura com esta missão planetas semelhantes à Terra, embora os cientistas tenham praticamente excluída a hipótese de existência de planetas com actividade biológica idêntica à do nosso. O principal objectivo será estudar os planetas fora do sistema solar, isto é, que não girem à volta do sol.
O início da investigação será na próxima sexta-feira, quando o observatório Kepler partir do Cabo Cañaveral, na Flórida.
Segundo Jon Morse, director de astrofísica na agência espacial em Washington, o Kepler é um elemento crucial dos esforços da NASA para estudar e encontrar planetas com características semelhantes às da Terra. Poderá também ajudar a planear outras missões num futuro a médio prazo.
Kepler poderá estudar as estrelas de uma forma constante ao longo de toda a sua missão, algo que outros observatórios como o Hubble não podem fazer.
A viagem de três anos e meio iniciará a busca da «minúscula» região de Cygnus- Lyra, que contém ao seu redor 100.000 estrelas semelhantes ao nosso sol.
O telescópio de Kepler pode detectar mudanças de brilho das estrelas e as imagens transmitidas serão captadas por uma câmara com uma resolução de 95 megapixéis. Kepler poderá captar, por exemplo, a partir do espaço uma mudança de luz provocada por uma pessoa que passe à frente de um farol.
in: iol diário
A água terá corrido na superfície de Marte há muito menos tempo do que se imaginava, adianta um estudo divulgado hoje. Com base em imagens captadas pela NASA, cientistas da Universidade de Brown localizaram um sistema de canais que se terá formado há cerca de 1,25 milhões de anos pela fusão de depósitos de gelo.
Os cientistas sabiam já que estes canais são estruturas relativamente jovens na superfície do Planeta Vermelho, mas não tinham ainda encontrado um método de datação eficaz e é aqui que o estudo divulgado na edição deste mês da “Geology” inova.
O sistema de canais, de dimensões “modestas”, foi encontrado dentro de uma cratera na Promethei Terra, uma zona montanhosa no hemisfério Sul de Marte. À primeira vista, as imagens captadas pelo Mars Reconaissance Orbiter mostram um único canal com vários metros de extensão, mas uma análise mais detalhada permitiu aos cientistas identificar quatro torrentes diferentes, cada uma delas transportando sedimentos para uma lagoa de retenção.
Analisando os sedimentos os cientistas concluíram que eles foram ali depositados em momentos diferentes: um dos agrupamentos apresenta pequenas crateras, que terão sido provocadas pelo impacto de fragmentos de meteoritos (que atingem a espaços regulares os planetas) enquanto os outros três surgem incólumes, o que indicia que são mais recentes.
Os cientistas acreditam que as marcas no agrupamento mais antigo foram provocadas pelo mesmo meteorito que gerou uma cratera maior, a mais de 80 quilómetros de distância e, usando técnicas de datação, concluíram que o impacto ocorreu há cerca de 1,25 milhões de anos. Ficou assim estabelecido que as torrentes de água mais recentes ocorreram depois daquela data. Isto significa que a água terá corrido à superfície de Marte muito depois do que se acreditava até agora.
A equipa concluiu ainda que as torrentes foram geradas pela fusão de depósitos de gelo que se terão formado longe dos pólos durante aquela que terá sido a mais recente era glaciar em Marte. Este arrefecimento foi provocado por uma maior inclinação do eixo do planeta e, quando há cerca de meio milhão de anos, a situação se alterou assistiu-se a pequenos degelos ou, na maioria dos casos, à sublimação da água (passagem do estado sólido ao estado gasoso).
A equipa estudou outras possibilidades para a formação destas canais – como a irrupção de águas subterrâneas – mas a hipótese foi afastada. “Não temos água suficiente para criar um lago onde se possam deitar peixes, mas temos água resultante de um degelo”, explicou Samuel Schon, primeiro autor do estudo, adiantando que este fenómeno “não durou muito, mas aconteceu”.
in: 02.03.2009 - 21h13 PÚBLICO
Portugal vai estar, este sábado, de olhos postos em Vénus, através de telescópios distribuídos de norte a sul, com acesso gratuito, pelo programa «E agora eu sou Galileu», organizado no âmbito do Ano Internacional de Astronomia (AIA).
O objectivo é «recriar as primeiras observações de Galileu Galilei, ocorridas há 400 anos, e interpretar a sua importância para a astronomia à luz de hoje», explica José Afonso, coordenador do programa do AIA e investigador do Observatório Astronómico de Lisboa.
Nas observações deste sábado, 30 telescópios de Bragança ao Algarve vão permitir analisar as diferentes fases do Planeta Vénus, actualmente visíveis ao entardecer e ao pôr do Sol, das 18:30 às 22:00, hora limite para se observar o Planeta.
«Em Lisboa, quem se deslocar ao Observatório Astronómico ou ao planetário Calouste Gulbenkian vai ter cadernos informativos especialmente criados para estas observações, mas também pessoas capazes de explicar o que significaram as observações das fases de Vénus para Galileu e para a sociedade da altura», explica José Afonso, destacando que foi por causa de Galileu que a Humanidade ficou a saber que o Sol não girava em vota da Terra.
«E agora eu sou Galileu» é organizado por sessões e cada uma terá um tema, desde as luas de Júpiter, aos anéis de Saturno, mas também a tipologia da Lua ou as manchas solares.
O programa prolonga-se até ao fim do ano, sendo que já estão escolhidas 14 datas em que o público poderá participar na iniciativa, com os seus próprios aparelhos amadores ou com os que forem disponibilizados nos diversos locais.
O Ano Internacional de Astronomia é organizado em Portugal pela Sociedade Portuguesa de Astronomia, com o apoio da Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT), da Fundação Calouste Gulbenkian, o Ciência Viva e a European Astronomical Society (EAS).
in: iol diário 28-02
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